O conceito de “casa” está em transformação. Para muitos jovens, estudantes internacionais e nómadas digitais, a habitação partilhada — ou co-living — deixou de ser uma opção de recurso para se tornar um estilo de vida. Este modelo colaborativo não só responde às necessidades de flexibilidade e acessibilidade, como também cria novas oportunidades no mercado de compra e venda de imóveis.
O que é o co-living?
O co-living vai além do simples ato de partilhar uma casa. É um modelo de habitação pensado para a convivência, onde áreas comuns como cozinhas, salas de estar, espaços de trabalho ou até ginásios se tornam pontos de encontro, enquanto cada residente mantém a sua privacidade em quartos ou estúdios individuais.
Porque está a crescer?
- A popularidade da habitação partilhada deve-se a várias razões:
- Flexibilidade: ideal para quem procura contratos curtos ou soluções temporárias.
- Acessibilidade: dividir custos torna possível viver em localizações centrais por valores mais justos.
- Estilo de vida: a vida comunitária atrai quem valoriza conexões humanas e redes de apoio.
- Sustentabilidade: ao otimizar espaços e recursos, reduz-se o desperdício e o impacto ambiental.
Oportunidades para o mercado imobiliário
A ascensão do co-living abre novas perspetivas para a compra e venda de imóveis:
- Investidores: imóveis maiores, moradias ou edifícios podem ser transformados em unidades de habitação partilhada, garantindo rentabilidade através de arrendamentos múltiplos.
- Proprietários particulares: quem possui apartamentos espaçosos pode adaptá-los para o modelo de arrendamento por quarto, aumentando o potencial de retorno.
- Mercado de venda: compradores que pensam no futuro veem neste tipo de imóveis uma oportunidade estratégica, dado o aumento da procura por soluções flexíveis.
Portugal como palco privilegiado
Portugal é um dos destinos em crescimento para este tipo de habitação. Cidades como Lisboa e Porto lideram a procura, mas regiões como o Oeste, próximas do mar, com boa qualidade de vida e preços mais acessíveis, estão a atrair tanto nómadas digitais como investidores atentos a novas tendências.
A habitação partilhada não é apenas uma resposta temporária: é uma tendência que está a moldar o mercado. Para investidores, abre a porta a novos modelos de rentabilidade. Para compradores, é uma forma de alinhar investimento com as necessidades das gerações mais jovens. Mais do que um teto, o co-living é um reflexo da forma como vivemos hoje — e uma oportunidade clara para o futuro do imobiliário em Portugal.